Buenas, pessoal!
Foram quase quatro anos acalentando um sonho!
Este ano de 2010 inteiramente dedicado ao planejamento e à preparação.
Os três últimos meses somente para dar forma ao projeto.
Quantos badulaques adquiridos, quantas pedaladas nos finais de semana, quantas noites em claro enchendo e esvaziando os alforjes, quantas revisões na lista de pertences, quantas corridas ao Banco, quantas moedas guardadas para trocar por dólares, quanta mentalização!
Hoje, olhando para trás, dou-me conta de que tudo valeu a pena! E como valeu! Chegar ao alto transitável da Cordilheira dos Andes, a 3185m de altitude, tracionando minha valente bicicleta somente com a força das minhas pernas e com minha inabalável determinação – não pretendo me envaidecer afirmando isso –, foi a recompensa maior por todos os percalços e todas as dificuldades pelas quais passei desde que, em 2007, fazendo esse mesmo trajeto de automóvel, em férias com minha família, disse para mim mesmo: “Um dia, vou cruzar a Cordilheira dos Andes de bicicleta!”
Sair de Los Penitentes às 07h da manhã, com temperatura na casa dos 5ºC, bermuda e duas camisetas de manga curta, foi o primeiro teste do dia. Mas tinha que ser assim: mais roupa, mais umidade retida, mais enregelado ficaria.
E pegar a estrada para, somente nos primeiros dez quilômetros, já subir a 2800 metros, em Puente del Inca, só veio temperar ainda mais este último dia na Cordilheira dos Andes!
Quanto mais subia, mais me doíam os joelhos... Era como se eu nunca tivesse pedalado na vida. Minhas mãos estavam completamente congeladas, e todos os ferros da bicicleta pareciam pedras de gelo.
A falta de ar obrigava-me a incontáveis paradas: era o tempo de tomar água, recuperar o fôlego, olhar para frente (ou melhor, para cima) e retomar o giro do pedivela.
Foram quase quatro anos acalentando um sonho!
Este ano de 2010 inteiramente dedicado ao planejamento e à preparação.
Os três últimos meses somente para dar forma ao projeto.
Quantos badulaques adquiridos, quantas pedaladas nos finais de semana, quantas noites em claro enchendo e esvaziando os alforjes, quantas revisões na lista de pertences, quantas corridas ao Banco, quantas moedas guardadas para trocar por dólares, quanta mentalização!
Hoje, olhando para trás, dou-me conta de que tudo valeu a pena! E como valeu! Chegar ao alto transitável da Cordilheira dos Andes, a 3185m de altitude, tracionando minha valente bicicleta somente com a força das minhas pernas e com minha inabalável determinação – não pretendo me envaidecer afirmando isso –, foi a recompensa maior por todos os percalços e todas as dificuldades pelas quais passei desde que, em 2007, fazendo esse mesmo trajeto de automóvel, em férias com minha família, disse para mim mesmo: “Um dia, vou cruzar a Cordilheira dos Andes de bicicleta!”
Sair de Los Penitentes às 07h da manhã, com temperatura na casa dos 5ºC, bermuda e duas camisetas de manga curta, foi o primeiro teste do dia. Mas tinha que ser assim: mais roupa, mais umidade retida, mais enregelado ficaria.
E pegar a estrada para, somente nos primeiros dez quilômetros, já subir a 2800 metros, em Puente del Inca, só veio temperar ainda mais este último dia na Cordilheira dos Andes!
Quanto mais subia, mais me doíam os joelhos... Era como se eu nunca tivesse pedalado na vida. Minhas mãos estavam completamente congeladas, e todos os ferros da bicicleta pareciam pedras de gelo.
A falta de ar obrigava-me a incontáveis paradas: era o tempo de tomar água, recuperar o fôlego, olhar para frente (ou melhor, para cima) e retomar o giro do pedivela.
O dia nublado não permitiu que o sol desse as caras até às 10h, e gerou em mim uma das maiores frustrações de toda a viagem: o Cerro do Aconcágua permaneceu completamente coberto por densas nuvens, durante a quase uma hora em que lá fiquei, tentando fotografar seu cume nevado. Não houve jeito: os Andes cobram um preço alto de quem se atreve a desafiá-lo, e, se sabe vergado, apronta. Esconder o Aconcágua foi sua vingança...
Na chegada ao Túnel do Cristo Redentor, pus-me a repetir, desnorteado: “Eu consegui! Eu consegui!”
Cruzei essa imensa ferida de 3,5km de extensão, aberta nas entranhas dos Andes, em cima do carro-socorro, e aproveitei a oportunidade para gravar um vídeo que resume toda essa epopéia. Fazia 9ºC. Era meio-dia.
Do outro lado, a República do Chile!
E um dos trechos mais fantásticos de toda a viagem, a descida dos “Caracoles”, 29 curvas que me fizeram baixar 700 metros em meia dúzia de quilômetros! Que momento espetacular! Mereceu outro vídeo muito especial!
Depois de mais 40 quilômetros de uma descida surpreendente, cheguei em Los Andes, a 650 metros acima do nível do mar. De 3150 para 650 em apenas 70 km! É de ficar estarrecido! Ainda mais se esse trecho é vencido em cima de uma bicicleta...
E faz calor em Los Andes, rsrsrs... Meu Deus, como é bom o calor!
Resolvi não pedalar amanhã. Vou providenciar na chegada da minha esposa a Santiago, para que possamos, até o final de semana estar em casa.
Claro, tenho ainda 100 km para percorrer. O desafio não terminou. Mas acho que o pior já passou, eh, eh, eh...
Eu consegui! Eu consegui!
Bait’abraço a todos!
Buenas tche, estou aqui a tomar meu chimarrao, deixo correr uma lagrima de emocao ao saber da tua conquista. parabens parabens. Quem faz ciclismo de longa distancia , ainda mais esta tua percorrida, sabe o que significa isto. Mais uma vez parabens, e como vc disse os andes se dobraram ao Paulo Petry. Aguardamos seu retorno para a publicação do livro. Uma grande abraco e que o arquiteto do universo lhe abencoe. Thales
ResponderExcluirBuenas tche, eu novamente, so para te avisar, qdo voltares, depois de um descanso merecido, te prepara para as palestras, pois vamos querer saber todos os detalhes destas aventura, com foto e tudo que temos direito de saber. Um abraco. Thales
ResponderExcluirJa que o chimarrao na acabou, vou escrever tbem,
ResponderExcluircoloquei no endereco do grupo audax esta mensagem.
"Um gaúcho resolve atravessar seu Estado natal, a Argentina e o Chile para chegar
a Santiago pedalando.
Pessoal , quem quiser uma leitura de uma audaxioso, vale a pena ver.
abaixo o endereco.
um abraco a todos.
Thales ( O dono de Montenegro)
http://viagemaochiledebicicleta.blogspot.com/"
Parabéns (antecipado)!
ResponderExcluirCara, eu estou muito impressionado com essa tua façanha. É incrível. Quero saber muito mais detalhes quando voltares.
A viagem ainda não acabou. Tem mais um trechinho aí, mas não facilita. Mantém a concentração até o fim.
Um abraço.
Augusto
Oi meu amigo estamos torcendo por você, sei que vais conseguir porque tu és forte e Deus esta contigo. um abração!
ResponderExcluirDá-lhe companheiro!! depois dessa, não tem "tranqueira" por aqui, que venham as altas criticidades!! O cargo de "durão" te entrego com toda alegria e reconhecimento!!! Dá-lhe, dá-lhe Paulo Renato!! Grande abraço e parabéns pela conquista, já está mais do que merecido o nosso aplauso!!!! Agora curta o tempinho que resta com a Mariloy!!
ResponderExcluirEMOCIONADO!
ResponderExcluirAqui vai o recado de um modesto audaxioso cicloturista ao ler tão belo relato. Parabéns por mais esta conquista. Que Deus o acompanhe por todos os km's de sia vida.
Ciclo'[]
Fala, Petry velho.
ResponderExcluirDesculpa a ansiedade. É o meu segundo comentário neste post de hoje. Quero saber da tua chegada em Santiago; se correu tudo bem... e quero saber quando tu chega em Porto Alegre, no aeroporto. Certo?
Um abraço.
Augusto
Thales, tua emoção me toca profundamente! Já chorei muito também, mas de pura alegria! Não consigo evitar as lágrimas cada vez que assisto ao pequeno vídeo que fiz dentro do Túnel do Cristo Redentor. E, te digo, como é bom chorar por uma razão tão justificada!
ResponderExcluirCarlos Augusto, nem sei como te agradecer por tantas e tão importantes palavras de incentivo durante toda a jornada! A janta, quando quiseres! Será um prazer mostrar-lhes, com mais detalhes, tudo o que compôs essa viagem.
Ah, hoje não pedalei. Me dei ao direito de um descanso. Fui turista por um dia! Nem acredito!
E o vôo parte de Santiago às 08h da manhã de domingo, com previsão de chegada às 17h em Porto Alegre (faremos conexão em São Paulo).
Eliane, Silvério, por todas as orações e por todo o pensamento positivo, só posso agradecer. Foram fundamentais para o sucesso da aventura! O retorno ao Grupo de Cursilho está próximo: semana que vem!
Manoela Chagas, que tal, hein? Quem diria que um dia eu poderia realizar uma aventura desse porte e, ainda por cima, ser "monitorado" por tanta gente a quem quero bem! Ainda faltam 100km, até Santiago, mas farei esse percurso sem pressa. Até porque as montanhas estarão ao meu lado até chegar na Capital. E quero continuar bebendo da pura água dos Andes, eh, eh.
Diogo, minha total incompetência, falta de estilo, sedentarismo, nada foi empecilho para concretizar essa aventura. Se eu pude, é porque dá. Basta se organizar e, ter um pouco de coragem e muito de loucura e... rodar o pedivela!
Paulinho! No final de semana estivemos no Reencontro do Cenáculo e contei pro povo a tua epopeia, o que causou espanto em todos, é lógico.
ResponderExcluirMas rezamos pela tua conquista e vejo que ela se realizou da melhor forma, o que nos alegra (e alivia).
Estaremos te aguardando ansiosamente para ouvirmos "um pouco" "do muito" que vivenciaste.
Parabéns, meu irmão! És mais que um vencedor! Tenho muito orgulho de ti, podes ter certeza disso.
Grande abraço! Pedala Paulinho!
Obrigado, "Nenê". Acho que tu consegues imaginar a minha ansiedade, agora, em voltar para casa. Foi (na verdade: foi, está sendo e será!) um marco na minha vida, mas quero retornar e retomar a minha rotina, com a Mariloy, a Manoela, a Rafaela e o Augusto, com vocês, família de sangue - pais, irmãos -, e de coração - cunhados(as), sobrinhos(as), sobrinho-neto -, com meus amigos tão especiais, com meus colegas de trabalho (que são mais que colegas, são diletos amigos também), com essa bando de malucos que adoram bicicleta como eu (vivem sofrendo e acham o máximo! Isso se chama "masoquismo"), com "seguidores" deste blog que se tornaram amigos virtuais, enfim, é tanta gente que quero rever que terei que me organizar!
ResponderExcluirObrigado pelas tuas orações, preocupado que estavas em que tudo desse certo. Deu! Apesar de ainda faltarem 100 km - baterei na casa dos 2400km percorridos então -, posso dizer que já estou na reta final.
Mais uma vez, gracias (como se diz por aqui).
Parabéns por mais esta conquista!
ResponderExcluirO que fica na mem´ria ningém nos tira!!!
Parabéns pela perseverança,bom retorno.
Parabéns por esta conquista! deixaste a todos emocionados com a tua narrativa. Fiz a travessia de mendoza para o chile de carro e sei sobre o que falas. também não vimos o Aconcágua, pq chovia e nevava. Mas a vontade de voltar no verão existe. Parabéns pela tua persevarança! e para comemorar com a mariloi em santiago, vai jantar no Como água para Chocolate, pra mim, disparado, o melhor restaurante de lá. abração.
ResponderExcluirandrea e jaime
Grande Petry!!
ResponderExcluirAcho que nos desencontramos na Aduana Los Libertadores do lado chileno. Foi um azar danado não termos nos encontrado aquele dia. Estivemos no Aconcágua exatamente na hora que o tempo fechou.
Ja estamos em Rosario do Sul, no RS.
Amanhã escrevo com mais tempo.
Nossos mais expressivos parabéns pela sua realização!! Abraços..
Magali e Jorge (é o Jorginho Pinheiro Machado?): valeu pelos "parabéns"! Pena que não conseguimos fazer download de nossa memória para compartilhar com todos o que vivemos nesses últimos dias.
ResponderExcluirAndrea, Jaime, o Aconcágua aprontou para vocês também? rsrsrs Vou me lembrar da sugestão do jantar. Ela (ELA!) merece, porque me deixou vir, he, he, he...
Darlan, também lamentei o desencontro. Hoje postei a foto de vocês, quando nos encontramos no dia 19/11. Mas não faltarão oportunidades, até porque agora temos um meio de contato. Quando fores a Montenegro visitar a parentada, me avisa!
Ilustre é muito bom saber que estás bem. O nosso limite é imposto por nossos pensamentos. Você é uma prova que tudo é possível. Que o G.A.D.U. continue te acompanhando.
ResponderExcluirGeverson! Essa "folga" nos dois últimos dias tem me permitido dimensionar com mais clarividência o que fiz. Às vezes me paro a pensar e quase não acredito... Realmente, somos fruto de nossos pensamentos e ações. O G.A.D.U. me acompanhou em cada segundo dessa trajetória. TFA.
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