quarta-feira, 24 de novembro de 2010

Fotos do dia 20/11 (Uspallata)

Buenas, pessoal!
Continuo postando as fotos que não puderam compor os textos (sempre por falta de um sinal adequado de Wi-Fi).
Essa série é do dia 20 de novembro, quando percorri o trecho entre Los Potrerillos e Uspallata.

Adoro essa foto! Está quase tudo ali: céu, sol, montanhas, estrada, bicicleta, eu, e um guard-rail para não despencar no abismo do Rio Mendoza... Só faltou a neve!


O Rio Mendoza, que nasce da confluência de diversos pequenos rios (Cuevas, Vacas, Polvaredas), todos originados no degelo. Como este ano nevou pouco, o rio está baixo e já há racionamento de água em Mendoza. O Dique Chipollet só abre suas comportas algumas horas por dia.

O que há de mais fantástico na Cordilheira: a água mais pura do Planeta! Desse arroio que aparece na foto (como de tantos outros) peguei água para beber, e é tão gelada que as mãos doem se ficam muito tempo nela mergulhadas. Tem grande concentração de minerais e um gosto completamente diferente de qualquer água que já tomei. É impressionante como a gente se sente bem sorvendo-a!

Um dos 15 túneis que há na subida da Cordilheira. Alguns em curva, um em "S", nenhum iluminado, era um risco atravessá-los, porque não há banquina (acostamento). Não sei quem se assutava mais quando um caminhão cruzava por mim dentro deles: se eu ou o motorista das carretas....


O "catarina" Tadeu Silva, funcionário da Cerâmica Portobello, que resolveu botar meu capacete e posar para uma foto como se tivesse pedalado até Uspallata. Rimos a valer da sua ideia.
Detalhe: é ciclista também. Talvez por isso tenha se identificado tanto e se armado de coragem para colocar um capacete fedorento e suado na cabeça...


Bait'abraço a todos!

Fotos do dia 19/11 (Los Potrerillos)

Buenas, pessoal!
Conforme o prometido, passarei a postar fotos dos dias em que a falta (ou baixa intensidade) do sinal Wi-Fi impediu sua inserção nos textos.
Começo com o dia 19/11/2010, quando percorri o trecho de Mendoza a Los Potrerillos.

A água das Cordilheiras é completamente azul! Esse é o dique Chipollet, que abastece a cidade de Mendoza.




Os gaúchos Darlan e Álvaro, que souberam, em Rio Cuarto (muitos quilômetros antes), que eu estava subindo a Cordilheira. Quando me viram, pararam para conversar. Umas figuraças!


O lago de águas turmalinas que enxerguei quando estava pedalando a 2000m de altitude, mas que, para alcançar, tive que baixar a 1200m.



Eu, "turista contemplativo", à beira do lago. Que momento!



Os novos amigos argentinos, Rose, Alberto, Patrícia e Suzana, que provocaram um dos momentos mais emocionantes de toda a viagem. Choramos a valer! Que coisa!


Bait'abraço a todos!

Turista!

Buenas, pessoal!
Foi um dia muito atípico!
Não precisei acordar cedo, não precisei pedalar, consegui almoçar no horário normal, tirar uma sesta até às 15h, e ainda caminhar tranquilamente pela cidade em que me hospedei.
Tudo por conta da minha chegada em Santiago.
Explico: minha esposa chegará à capital chilena na 6ª-feira à tarde. E o nosso vôo para casa está marcado para as 08h da manhã de domingo. Com a conexão no Aeroporto de Guarulhos (São Paulo), a previsão de chegada em Porto Alegre é lá pelas 17h do dia 28.
Com isso, resolvi prorrogar minha estada em Los Andes. É uma cidade muito tranquila, com 60.000 habitantes, estou a 100 km de Santiago - um dia de pedalada -, e, com o convite que recebi de pararmos na casa de uma brasileira que mora na capital, senti-me constrangido de lá chegar praticamente 5 dias antes do retorno. Um visitante altera bastante a rotina de uma casa. Tenho essa consciência, ainda mais que não é período de férias.
Aí, virei turista: fotos pra cá, fotos prá lá, visitei a Praça de Armas e a Feira do Livro que está acontecendo nesse local...







... a Igreja Matriz da cidade (onde botei as orações e os agradecimentos em dia)...



... e amanhã pretendo visitar o Museu Arqueológico bem como o Monastério onde estava reclusa Santa Tereza de Los Andes, Padroeira da República do Chile.


A dor nos meus joelhos ainda não passou. Estão tão enrijecidos do esforço dos últimos dias que tenho feito diversas sessões de alongamento para ver se relaxo a musculatura.
E estou ficando mimoso também: fui num supermercado e comprei um creme hidratante. Vê se pode... Mas é que estou tão apavorado com o estado da minha pele nos braços, pernas e nuca, que resolvi dar uma colaborada na recuperação. Pareço um peixe!
A Cordilheira está ali, ao fundo da cidade de Los Andes. E como Santiago fica para o Sul, terei a companhia das montanhas por mais um dia sobre a bicicleta. Apesar de todo o esforço dos últimos dias, contudo, tenho que reconhecer que já estou lamentando o fato de não poder retomar a pedalada em meio àquela maravilha da natureza!
Ainda mais por saber que, enquanto cruzava o Túnel do Cristo Redentor, ontem, os motociclistas gaúchos Darlan e Álvaro, que encontrei em Mendoza, e que estavam retornando para o Brasil, pegaram neve enquanto aguardavam a documentação na Aduana Argentina. A 15km de onde eu estava! Fizeram um comentário muito interessante na postagem de ontem, sobre a condição climática que enfrentaram na volta.
A Cordilheira é isso: uma surpresa atrás da outra. Inclusive neve em novembro...
Talvez por isso exerça todo esse fascínio que não canso de propalar!
Bait'abraço a todos.